Cerimônia Afro-brasileira Google Imagens, |
Hoje, 06 de
setembro é comemorado o Dia Internacional da Ação pela
Igualdade da Mulher, tendo em vista o cenário de desigualdades que assolam
as relações entre homens e mulheres, seja no ambiente familiar,
no trabalho, nos mais diversos setores das sociedades mundiais. São milênios de
história nos quais mulher é tratada como sexo frágil, como ser incapaz de
desenvolver determinadas atividades, principalmente aqueles em que envolve
poder de decisão.
É verdade que nas últimas décadas esse cenário vem mudando
em alguns países em função da luta de mulheres que batalham por uma vida digna,
justa e igualitária. Muitas deram suas vidas por essa causa, que ao meu ver é
uma questão de humanidade, de respeito e uma necessidade para uma convivência
harmônica entre os povos, tratar a mulher como ser capaz de estar e desenvolver
qualquer atividade humana.
Ainda existem milhões de mulheres que ainda
vivem subjugadas a todas as formas de violência e a uma vida
degradante e infeliz. No contexto brasileiro isso se configura nas mais
variadas formas de discriminação que recai sobre as mulheres, e quando
nos referimos as mulheres negras a situação se torna mais complexa devido ao
nosso longo histórico de racismo.
Arte Mães de Santo Google Imagens, 2015. |
Mas aqui gostaria de chamar a atenção para uma questão
ainda pouco vista pela nossa sociedade, é o caso das mulheres de terreiro, as
Mães de Santo, as Yas, que fazem parte da base religiosa
afro-brasileira, se fazendo presente nas diversas religiões de Matriz Africana.
São mulheres, na maioria dos casos, invisíveis para a sociedade, para o poder
público, sendo sempre estigmatizadas como bruxas feiticeiras, seres do mal, mas
que na realidade trazem um histórico de trabalho dedicado as suas comunidades,
de amor as suas religiões e seus ancestrais, que não deixam morrer as tradições
de nosso país, que é negro, é afro, de raízes tão africanas e indígenas, não
desmerecendo a contribuição das mulheres branca.
Hoje, dia emblemático cabe uma reflexão sobre o papel
importante dessas mulheres para a história desse país. Vamos saudar nossas
Yabás, os Orixas femininos Nãna, Oxum, Ewá, Iemanjá, Iansã, Obá, nossas Mães de
Santo que lutaram e lutam por seus ideais, aqui destaque para Mãe Minininha do Gantois, Mãe Estela de Oxossi, Mão Gilda e
todas mas mães desse imenso país que em seus afazeres diários mantém suas
tradições, sua religiosidade.
Obra do Artista Plastico Wilson Tibério (1923-2005) |
Recomendo mais uma vez que assistam ao documentário Mulheres
de Axé- - Vozes contra a Intolerância para compreender mais sobre a temática.
Segue o Link para
o documentário.
Mulheres de Axé - Vozes contra a Intolerância
Por Ana Paula de Lima
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